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Eunice Barbosa agradece a todos as homenagens recebidas

Minha mãe, minha amiga

Minha amiga,

de tantos desencontros,

um encontro certo.

De tantas horas mortas,

um carinho perto.

Meu peito aberto, angustiado,

e, por motivos muitos, tão cansado,

conhece o nosso caminho cuidado.

Sei bem das ruas,

me ensinaste tanto!

Sei de sorrisos e também de pranto,

me deste a mão

quando fiquei sozinho,

falaste tudo e eu acreditei.

Abriste o tempo e eu então sonhei

os rumos novos que agora sou.

Dizer mais, 

pra que, amiga minha?

Meu coração em tuas mãos se anima.

Sou tão agradecido,

que, talvez, de mim já esquecido,

eu esteja vendo muito mais você, mamãe.

                                                                                                                 Toninho

O que dizer do teu verso?

       

         À minha mãe, meu amor eterno

 

Mamãe, teu verso soma vidas,

retratos, contrastes,

traz noite vasculhando a mente,

e dia acordando a crença.

Teu verso tem transparência,

beleza, simplicidade,

navega na cor do instante

fotografando a verdade.

Teu verso não tem fronteiras

pra levar algum recado

de alento e esperança

pra quem vive amargurado.

Teu verso embala sonhos sufocados,

insônia, peito aflito,

lembranças, carências,

silêncio desajeitado.

Teu verso, mamãe,

é um mantra que não viu escola,

mas tem muito pra ensinar.

Teu compromisso é com a vida

na tua forma gigante de amar.

                                           Célia 

                                               

                             25-novembro-1999

Soberania

         

       À  minha mãe,  meu amor infinito

 

Há muito tempo o nosso tempo é infinito.

Estamos juntas sempre partilhando andanças,

desde os minerais nas entranhas das montanhas,

no aprendizado do percurso das mudanças.

Já fomos árvores frondosas no caminho

acolhendo em nossa sombra o viajante.

São remotas as lembranças que ficaram

da jornada evolutiva incessante.

Fomos rio no seu rumo para o mar

matando a sede do ofegante forasteiro,

apreensivo, sem saber onde chegar.

Há muito tempo sei da nossa caminhada.

Fomos sementes descobrindo o crescimento,

pássaros em pleno voo ao sabor do vento,

seres desbravando selvas e criando a história.

Há muito tempo sei que nunca nos deixamos.

Reverencio a Divina Providência!

Ser tua filha é merecer soberania.

A eternidade conduziu nossa existência.

                                                     Célia

                                                 

                                 3-novembro-2014

Soneto a Eunice Barbosa, no ensejo do aniversário de 95 anos 

                                           

                                     30-agosto-2014

Recebe o nosso abraço em tua festa

E encanta com a tua alma de poesia

Os  nossos corações, e manifesta

Em versos de carinho a tua alegria.

Estende a tua mão, ensina a vida

A quantos te queremos tanto bem,

E conta teu segredo e que nos diga

O que te faz assim como ninguém.

E hoje, em tua festa de vitórias,

Alegra-te com a nossa alegria

E segue nos levando pela mão,

Essa mão de lutas e de glórias,

O exemplo com que a vida nos premia,

Acolhidos, Eunice, em tua canção!

                           Almiro Dottori Filho

Joia Rara

Joia preciosa,

Tão rara na rocha

Que o tempo escondeu,

Até o vento com medo

Guardou o segredo e te protegeu.

A tua bondade e ternura

Tem fios prateados

Que falam de amor,

E o caminho da vida

Tem cheiro de flores

Nos passos da dor.

Teu olhar profundo

É um porto seguro,

Um guia, um farol.

Deus, quando fez a poesia,

Te deu a magia

De um raio de sol.

Eu vi o pranto escondido

Brilhar refletido

No teu meigo olhar,

Pois sua beleza infinita

é como doce bebida

pra quem aprende te amar.

Dedico este poema à compositora Eunice Barbosa,

a quem aprendi a amar como segunda mãe.

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